O movimento e a transformação.

Um novo conhecimento é produzido sempre a partir de algo anteriormente desenvolvido.

domingo, 28 de outubro de 2012

Psicologia do senso comum.

Usamos o termo psicologia no nosso cotidiano, com vários sentidos. Por exemplo, quando falamos do poder de persuasão do vendedor, dizemos que ele usa de ''psicologia'' para vender seu produto; quando nos referimos à jovem estudante que usa o seu poder de sedução para atrair o rapaz, falamos que ela usa de ''psicologia''; e quando procuramos aquele amigo que está sempre disposto a ouvir nossos problemas, dizemos que ele tem ''psicologia'' para entender as pessoas. Será essa a psicologia dos psicólogos? Certamente não. Essa psicologia, usada no cotidiano pelas pessoas em geral, é denominada de psicologia do senso comum. Mas nem por isso deixa de ser uma psicologia.
O fato é que a dona de casa, quando usa a garrafa térmica para manter o café quente, sabe por quanto tempo ele permanecerá razoavelmente quente, sem fazer nenhum cálculo complicado e, muitas vezes, desconhecendo completamente as leis da termodinâmica. Quando alguém em casa reclama de dores no fígado, ele faz um chá de boldo, que é uma planta medicinal já usada pelos avós de nossos avós, sem, no entanto, conhecer o princípio ativo de suas folhas nas doenças hepáticas e sem nenhum estudo farmacológico. E nós mesmos, quando precisamos atravessar uma avenida muito movimentada, com o tráfego de veículos em alta velocidade, sabemos perfeitamente medir a distância e a velocidade do automóvel que vem em nossa direção. Até hoje não conhecemos ninguém que usasse uma máquina de calcular ou fita métrica para essa tarefa. Esse tipo de conhecimento que vamos acumulando no nosso cotidiano é chamado de senso comum. Sem esse conhecimento, a nossa vida seria muito complicada.


Texto tirado do livro Psicologias - uma introdução ao estudo de psicologia.

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